Farinhas: São todas iguais?

Muito provavelmente já deves ter me visto falar sobre a necessidade de reduzir drasticamente o consumo de FARINÁCEOS e de tudo o que for preparado a base de FARINHA em situações diversas como: taxas elevadas de triglicerídeos, colesterol e/ou ácido úrico; em caso de resistência à insulina, diabetes, SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) e de esteatose hepática (gordura no fígado), por exemplo.
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“Ok, mas que farinhas exatamente, Elisa?” As de trigo e arroz (mesmo a integral), de mandioca, polvilho, tapioca, féculas e amidos.
Isso porque, os farináceos ao mesmo tempo que são ricos em carboidratos e não terem valor nutricional agregado (fibras, vitaminas e minerais), são do tipo de carboidrato rapidamente absorvido pelo organismo gerando pico de glicose e, como consequência, pico de insulina. Exatamente o que é preciso evitar durante o tratamento/controle das desordens metabólicas acima. 

“Mas e as outras tantas farinhas?” Deves estar te questionando agora.
Essas tem características nutricionais completamente diferentes, veja:
Farinha de aveia, de centeio, de sorgo e trigo sarraceno: são ricas em carboidrato, mas ricas também em fibras, vitaminas do complexo B e minerais. As de centeio, trigo sarraceno e sorgo têm também uma pitada de proteínas.
Farinha de grão de bico e de feijões: também nos fornecem carboidratos em grande quantidade, mas com muita fibra associada, além de um quê de proteínas e alguns minerais, principalmente o cálcio.
Farinhas de coco, de linhaça, de chia, de amêndoas e todas as outras oleaginosas são compostas na sua maior proporção por gorduras e fibras, além de conter minerais e vitaminas.

Consegue perceber a diferença gritante entre as farinhas brancas (mesmo as sem glúten, conforme listei) e as demais?

O intuito desse texto não é demonizar o pãozinho, um bolinho caseiro ou a tapioca, mas sim esclarecer porque que em muitas situações é preciso evitar os alimentos “enfarinhados” pra valer! Nesse caso, aposte nas versões adaptadas deles preparados com as farinhas nutritivas, mais gordurosas, protéicas e/ou rica em fibras.

Elisa Berkenbrock é Nutricionista, graduada pela UFSC.

Pós Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP

Pós Graduação em Nutrição Esportiva pela Universidade Gama Filho

Atende em consultório e online

Contato:

@dicadanutri

[email protected]

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